Playbook Softo de Automação com IA

Como as empresas estruturadas estão transformando processos manuais em operações inteligentes com IA aplicada
Automatizar com IA deixou de ser diferencial. Hoje, é o que separa empresas que escalam com previsibilidade daquelas que travam na operação.
Mas entre entender o conceito e aplicar na prática, existe um abismo: falta de método, clareza de processos e integração real entre pessoas e IA.
Este playbook apresenta a metodologia que usamos na Softo para diagnosticar, mapear e estruturar automações com IA em empresas reais.
Não é um tutorial. É uma visão estratégica sobre o que precisa acontecer para que a automação funcione de verdade.
A aplicação completa, com prompts, templates, fluxos e agentes, acontece dentro do Agentic Now, nossa fábrica de agentes de IA focada em resultados reais.
Como usar este playbook
- Use este material para entender o processo estratégico de automação
- Avalie em qual etapa sua empresa está hoje
- Quando identificar os pontos de bloqueio, acione a Softo.
Etapas do Protocolo de Automação com IA da Softo
- Diagnóstico
- Escolha do Processo-alvo
- Mapeamento do Processo
- Definição do Fluxo e Criação de Prompts
- Desenvolvimento, Orquestração e Observabilidade da Automação
- Entrega e validação
- Ajustes, Melhoria Contínua e Governança
1. Diagnóstico
Mapeamento estratégico dos processos com maior potencial de automação com IA.
Automatizar com IA começa com clareza. Antes de fluxos, prompts ou ferramentas, é preciso entender com precisão quais processos realmente valem a pena automatizar, e quais ainda não estão prontos.
Essa etapa existe para eliminar achismos e priorizar com critério. O erro mais comum em projetos de automação é investir tempo e dinheiro em fluxos que parecem promissores, mas que são difíceis de escalar, imaturos em dados ou sensíveis demais à intervenção humana.
Na Softo, aplicamos uma abordagem estruturada de diagnóstico, que considera tanto o valor estratégico de cada processo quanto sua viabilidade técnica. O objetivo é encontrar, dentro da operação atual, os pontos com maior potencial de retorno e menor risco de implementação.
Não se trata apenas de identificar tarefas repetitivas, mas de entender como o processo se comporta na prática, quem o executa, onde ele trava, e o que é necessário para que ele possa rodar de forma autônoma com IA.
Critérios usados no diagnóstico
Cada processo avaliado é analisado segundo os seguintes critérios:
1. Frequência de Execução
Se o processo acontece com regularidade (diária ou semanal), o ganho de tempo e escala é maior. Processos pontuais ou sazonais raramente justificam automação.
2. Padronização do Input
Entradas bem estruturadas, como formulários, planilhas padronizadas ou registros de CRM, indicam maior prontidão. Se os dados chegam por e-mails soltos, mensagens ou conversas, o esforço de preparação é alto.
3. Objetividade do Output A automação só funciona quando o resultado esperado é claro. Relatórios, documentos, e-mails ou atualizações em sistema são bons candidatos. Saídas subjetivas ou interpretativas indicam risco alto de falha.
4. Variabilidade e Complexidade Lógica
Processos com muitas exceções, decisões humanas sutis ou variações por contexto tendem a exigir intervenção. Quanto mais previsível e linear, melhor para automação.
5. Impacto no Negócio
Avaliamos o peso do processo em termos de tempo gasto, custo envolvido, exposição ao erro, impacto no cliente ou valor gerado. Às vezes, processos invisíveis consomem mais do que se imagina.
6. Dependência de Pessoas-Chave
Se um processo trava quando alguém sai de férias, está doente ou demora a responder, isso revela vulnerabilidade. A automação aqui atua como mitigador de risco.
7. Maturidade dos Dados
Dados dispersos, em fontes não confiáveis ou inacessíveis (como arquivos locais, sistemas isolados ou anotações) comprometem a automação. Avaliamos se os dados são limpos, acessíveis e integráveis.
8. Viabilidade Técnica Inicial
Mesmo sem começar a execução, já é possível prever o grau de dificuldade da automação, em termos de ferramentas envolvidas, integrações necessárias, infraestrutura e tempo estimado de setup.
Esses critérios são aplicados a cada processo identificado na operação, o que permite organizar as oportunidades em três grupos claros:
- Prontos para automação imediata: processos com alto impacto, baixa variabilidade e dados maduros.
- Exigem padronização ou reestruturação prévia: processos que têm potencial, mas ainda não estão prontos.
- Não prioritários ou inviáveis no curto prazo: processos com baixa frequência, impacto limitado ou risco alto.
Essa etapa costuma mapear de cinco a sete processos centrais da empresa. O que define “central” não é onde está o maior volume, mas sim onde existe alavanca real de negócio.
Como essa etapa se conecta ao Agentic Now
No programa Agentic Now, esse diagnóstico é conduzido por consultores da Softo, com metodologia própria e leitura técnica da operação. A equipe analisa documentos, fluxos internos, entrevistas com responsáveis e dados de execução real.
O resultado não é um parecer subjetivo, é um mapa de oportunidades priorizadas, com foco em ROI rápido e segurança operacional.
É esse mapeamento que serve de base para a estruturação dos agentes de IA nas etapas seguintes.
2. Escolha do Processo-Alvo
Seleção estratégica do primeiro processo
A seleção estratégica do primeiro processo a ser automatizado deve escolher um processo que não seja tão difícil de implementar e que gere um bom resultado em um curto espaço de tempo. Deixe para automatizar processos mais complexos após ganhar experiência na automação.
A escolha do processo inicial não pode ser feita com base em preferências individuais, pressões políticas ou somente naquilo que “incomoda mais”. O processo certo para começar é aquele que combina impacto direto com baixo risco operacional.
Aqui, buscamos um equilíbrio entre duas forças:
- Ganho de valor claro e mensurável, como redução de custo, eliminação de erros manuais, aceleração de entregas ou escalabilidade sem contratar
- Viabilidade técnica e operacional, ou seja: baixa variabilidade, estrutura replicável e dados em formato utilizável
Critérios práticos para selecionar o processo ideal
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Alta Repetição O processo ocorre com frequência suficiente para justificar automação. Processos que rodam toda semana (ou todo dia) tendem a gerar retorno rápido.
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Baixa Variabilidade O fluxo segue uma lógica clara, sem múltiplas exceções. Isso reduz o número de caminhos possíveis e permite que a IA atue com segurança.
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Clareza de Entrada e Saída Os dados de entrada são padronizados e o resultado esperado tem um formato claro: documento, e-mail, registro em sistema, etc.
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Custo Operacional Direto O processo consome tempo de pessoas qualificadas com tarefas repetitivas e pouco estratégicas. Automatizar significa liberar capacidade.
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Erro Humano Recorrente Se o processo é sujeito a retrabalho, falhas simples ou perda de informações por descuido, ele é um candidato ideal.
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Complexidade das Integrações O processo já transita por ferramentas que podem ser integradas (ex: CRM, planilha, sistema interno com API), sem exigir soluções caras ou customizações profundas.
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Possibilidade de Validação Rápida O resultado da automação pode ser testado em poucos dias, com dados reais e retorno mensurável.
Essa combinação cria um cenário ideal para começar: impacto rápido, risco controlado, esforço justificável.
Começar por um processo assim permite testar o protocolo, gerar prova interna de valor, ajustar o modelo e criar alinhamento com o time.
O que evitar na escolha do primeiro processo
- Processos críticos com impacto sistêmico em caso de falha
- Fluxos com múltiplas exceções que exigem julgamento humano sutil
- Demandas com baixa frequência, que geram ROI diluído
- Áreas sem maturidade digital mínima (dados descentralizados, baixa adesão a ferramentas)
Seleção do processo via Agentic Now
Na automação através do nosso serviço Agentic Now, essa etapa é validada com o cliente com base no diagnóstico técnico e em conversas com lideranças operacionais e técnicas. O processo-alvo não é só escolhido, ele é documentado, parametrizado e testado com casos reais, antes de ir para a fase de mapeamento detalhado.
3. Mapeamento do Processo
Desenho técnico-operacional do processo como ele realmente acontece
Antes de automatizar qualquer fluxo, é preciso entender com exatidão como ele funciona hoje. Isso inclui mais do que listar tarefas: exige clareza sobre quem executa, como os dados circulam, onde estão os gargalos e o que pode (ou não) ser transformado em lógica automatizável.
Nesta etapa, a Softo realiza o mapeamento do estado atual do processo (“as is”) com foco em três frentes simultâneas:
- Fluxo operacional real, não o desejado ou teórico
- Dependências humanas, ferramentas e dados envolvidos
- Pontos críticos para decisão de automação e orquestração
O que é mapeado, na prática:
- Etapas do processo: cada ação realizada, do gatilho inicial à entrega final
- Responsáveis por etapa: pessoas, cargos ou times envolvidos
- Entradas e saídas de cada etapa: que dado chega, o que é transformado, o que sai
- Ferramentas utilizadas: e-mail, planilha, CRM, sistema interno, etc.
- Local de armazenamento da informação: banco, nuvem, planilha, e-mail
- Pontos de espera, retrabalho ou validação manual
- Decisões embutidas no processo: há julgamentos? regras de negócio? exceções?
O que buscamos extrair nesse mapeamento:
- Onde o processo trava ou exige intervenção
- Quais etapas são puramente operacionais e passíveis de automação
- Que tipo de dados percorrem o processo e com que estrutura
- Se há roteiros lógicos suficientes para se transformar em prompts ou agentes
O objetivo aqui não é criar um fluxograma bonito, é extrair uma representação fiel, útil e técnica do processo, que permita:
- Decidir o que será automatizado agora e o que será mantido manual
- Projetar a automação com previsibilidade de impacto
- Validar se a IA vai operar com contexto suficiente para entregar valor
O que geralmente aparece nessa etapa (e precisa ser tratado):
- Etapas ocultas: ações que as pessoas fazem “no instinto”, mas que não estão formalizadas
- Gargalos invisíveis: atrasos causados por esperas, aprovações ou passagens manuais entre sistemas
- Ruído de dados: entradas inconsistentes, informações duplicadas, falta de padrão
- “Pessoas-ponte”: colaboradores que centralizam a operação por hábito ou falta de integração
Ferramentas comuns para o mapeamento:
- Entrevistas com quem executa o processo
- Planilhas de sequência lógica
- Prints e registros de uso de ferramentas
- Análise de logs (quando disponíveis)
- Quadro de etapas + responsáveis + insumos + entregas
Como isso é conduzido no Agentic Now
No Agentic Now, o mapeamento é conduzido com participação ativa do time de operações da empresa. Isso garante que a visão não seja apenas a da liderança, mas sim da execução real.
Além do fluxo “as is”, o time da Softo também propõe uma versão “to be”, onde a IA assume tarefas repetitivas, as decisões seguem lógicas claras e as entregas são feitas com menos fricção.
Esse contraste entre estado atual e estado-alvo é o que permite projetar a automação com clareza, e com realismo.
4. Definição do Fluxo e Criação de Prompts
Transformando tarefas em instruções operacionais para agentes de IA
A automação com IA não começa na ferramenta, começa na clareza do comando.
Nesta etapa, o processo mapeado anteriormente é convertido em um conjunto de comandos interpretáveis por modelos de linguagem (LLMs) avançados como OpenAI GPT, Anthropic Claude, Google Gemini ou equivalentes futuros. Cada uma dessas instruções é chamada de prompt operacional.
O prompt é o que define o papel da IA, o que ela deve fazer, com que insumos, com que estrutura de saída e sob quais condições.
Sem isso, o modelo pode gerar outputs inadequados para o contexto do processo.
O que é um prompt operacional
Na metodologia da Softo, um prompt não é apenas uma pergunta ou comando. É uma unidade lógica de trabalho, composta por:
- Papel da IA: quem o modelo precisa ser naquela etapa (ex.: redator comercial, analista de risco, pré-vendedor)
- Objetivo da tarefa: qual ação será executada (ex.: redigir, revisar, comparar, gerar resumo, identificar inconsistências)
- Inputs estruturados: dados exatos que alimentam a tarefa (ex.: nome, produto, data da reunião, conteúdo de um PDF)
- Regras de formatação e tom: instruções específicas sobre vocabulário, tom de voz, estrutura do output
- Critérios de qualidade: padrões esperados para considerar a tarefa como “bem feita”
Exemplo de estrutura aplicada
Você é um analista de atendimento especializado em pós-venda B2B.
Sua tarefa é gerar um e-mail de follow-up para um cliente que respondeu recentemente a uma pesquisa de satisfação.
Com base nas informações:
- Nome: Fernanda
- Score do NPS: 8
- Comentário: “Achei a entrega rápida, mas tive dificuldade no onboarding.”
Gere um e-mail com:
- Saudação personalizada
- Referência ao comentário
- Agradecimento e abertura para conversa
- Tom próximo e cordial
O texto deve ter até 6 linhas e seguir o padrão da marca Softo.
Esse tipo de prompt reduz ambiguidade, elimina ruído e permite execução autônoma com precisão.
Iteração e testes
Nenhum prompt nasce pronto.
Cada tarefa exige interação: testamos variações, avaliamos outputs reais, medimos aderência ao esperado e refinamos instruções até atingir consistência.
Na prática, um mesmo processo pode ter 5 a 10 prompts diferentes, organizados por etapa e função.
Acesso controlado
A biblioteca de prompts operacionais da Softo é resultado de dezenas de implementações com clientes reais.
Ela contém instruções validadas, categorizadas por tipo de tarefa, modelo de IA e ferramenta de orquestração.
Essa biblioteca é restrita a projetos executados dentro do Agentic Now, por um motivo simples:
A efetividade de um prompt depende da forma como ele é orquestrado dentro do fluxo completo.
Isolado, ele perde o contexto. Inserido no fluxo, vira motor de execução.
Como isso se conecta ao Agentic Now
No Agentic Now, a criação do workflow de automação e dos prompts é feita em conjunto com o design dos agentes. Cada agente recebe um “manual operacional” interno, com:
- conjunto de prompts específicos
- validações embutidas
- critérios de fallback
- lógica de versionamento
Esse nível de controle é o que diferencia um experimento de IA de uma operação automatizada com consistência.
5. Desenvolvimento, Orquestração e Observabilidade da Automação
Transformando lógica de processo em execução autônoma, contínua e mensurável
Com os fluxos definidos e os prompts preparados, entramos na etapa em que a automação deixa de ser conceito e passa a operar na prática, conectada às ferramentas, dados e eventos do mundo real.
Aqui, o foco é precisão técnica, rastreabilidade e confiabilidade operacional, garantindo que o sistema funcione de ponta a ponta sem intervenção manual.
Etapas principais
-
Configuração de eventos gatilho
Definimos o que dispara a automação, como envio de formulário, atualização em CRM, criação de linha em planilha, entrada de e-mail ou chamada de API.
Cada evento é validado para garantir que o fluxo inicie apenas quando as condições corretas forem atendidas. -
Normalização e validação de dados
Dados inconsistentes são a principal causa de falhas.
Por isso, incluímos verificações automáticas de formato, presença e coerência antes de qualquer execução. -
Execução dos prompts e transformações intermediárias
Cada agente ou etapa de IA é acionado com os inputs certos, dentro de estruturas predefinidas.
Os resultados podem passar por validações, reformatos ou enriquecimentos antes de seguir adiante, inclusive alimentando novos prompts em cadeia. -
Integrações e entrega do output
A automação se conecta a sistemas internos e externos (CRMs, ERPs, ferramentas de comunicação ou armazenamento) via API ou conectores.
O output final é entregue automaticamente no canal apropriado: e-mail, documento, dashboard ou sistema. -
Logs, monitoramento e fallback
Toda execução gera registros para rastreabilidade, auditoria e avaliação de performance.
Falhas são tratadas por caminhos alternativos, e o sistema mantém versionamento controlado de prompts e fluxos.
Orquestração vs. Automação
Automatizar é executar uma tarefa repetitiva sem intervenção.
Orquestrar é coordenar múltiplas automações interdependentes, com lógica própria, governança, métricas e observabilidade.
Essa camada garante que a automação opere como um sistema vivo, e não como um conjunto de scripts isolados.
Ferramentas típicas
- Automação de fluxo: n8n, BluePrism, Automation Anywhere, Make, Zapier
- Modelos LLM: OpenAI, Anthropic, Google Gemini, DeepSeek, Mistral
- Frameworks de agentes autônomos: CrewAI, AutoGen, LangChain, Cloudflare AI Agents
- Observabilidade e avaliação: Langfuse, PromptLayer, DSPy
- Camada de dados: Google Sheets, Airtable, bancos SQL, APIs REST, Webhooks
- Entrega do output (notificações e dados): E-mail, WhatsApp, Slack, Trello, ClickUp, Notion, CRMs, ERPs
Testes e critérios de aceitação
Antes da produção, cada automação é testada em ambiente controlado, com dados simulados ou reais anonimizados, incluindo:
- Fluxo completo (input → output)
- Casos de exceção e entradas com ruído
- Tempo de resposta e formato
- Logs e comportamento em falhas intencionais
Os critérios de aceitação incluem:
- Estrutura e qualidade do output
- Tempo total de execução
- Gatilhos funcionais e tolerância a falhas
- Nível de intervenção humana (ideal: nenhuma)
- Segurança e rastreabilidade
Segurança e confiabilidade
As automações seguem padrões de segurança:
- Autenticação via OAuth ou API Keys
- Criptografia de dados em trânsito
- Controle de acesso e versionamento de logs
- Planos de rollback documentados
No Agentic Now
Essa etapa é conduzida por um time técnico multidisciplinar da Softo, com especialistas em integração, IA e segurança.
Cada automação é documentada, versionada e monitorada desde o primeiro dia, garantindo valor imediato, estabilidade e evolução contínua.
6. Entrega e Validação
Colocando a automação em produção com controle, rastreabilidade e validação de impacto
Automação bem-sucedida não é aquela que apenas roda, é a que roda de forma consistente, com impacto mensurável e sem gerar ruído na operação real.
Nesta etapa, a automação ou o agente autônomo desenvolvido é transferido do ambiente de homologação para o ambiente produtivo. Mas a entrega não se limita a “apertar o play”.
O foco está em garantir que o fluxo opere com previsibilidade e confiabilidade diante de dados reais, usuários reais e cenários inesperados.
O que envolve a entrega em produção
- Configuração do ambiente definitivo: com autenticações reais, conexões diretas com ferramentas da empresa e dados sensíveis (quando aplicável)
- Liberação dos gatilhos reais: ativação de formulários, webhooks, inputs do CRM ou sistemas internos
- Acompanhamento em tempo real: os primeiros ciclos de execução são monitorados, com atenção a falhas, desvios e comportamentos inesperados
- Validação técnica e de negócio: os resultados entregues são comparados com os critérios definidos de sucesso, tanto em formato quanto em impacto
O que é avaliado na validação
- Conformidade do output: o conteúdo gerado pela IA cumpre a estrutura, linguagem, qualidade e tom esperado?
- Tempo de execução: a automação entrega em tempo compatível com o objetivo do processo?
- Pontos de intervenção humana: ainda existem etapas manuais? Elas são justificáveis ou devem ser removidas?
- Feedback dos usuários finais: o processo automatizado gerou dúvidas, retrabalho ou foi bem absorvido?
- Estabilidade e repetibilidade: o fluxo roda com consistência em múltiplas execuções?
Ferramentas e mecanismos usados nessa fase
- Dashboards de acompanhamento (internos ou conectados a ferramentas de observabilidade)
- Logs detalhados de execução (input, prompt, output, tempo, erro)
- Tabelas comparativas: antes vs. depois da automação
- Checklists de critérios de aceite (definidos no projeto)
Maturidade de operação
A validação também revela um ponto importante: o quanto o time está pronto para operar e interpretar os resultados da automação.
Não adianta automatizar se o time ignora os outputs, ou se a lógica de fallback não está clara.
Por isso, essa etapa também inclui:
- Treinamento rápido de operação e triagem
- Criação de rotinas de monitoramento
- Documentação mínima para troubleshooting
No Agentic Now
No Agentic Now, a entrega em produção é tratada como fase de ativação assistida.
A equipe técnica e de sucesso da Softo acompanha as primeiras execuções, coleta métricas, aplica melhorias pontuais e garante que a automação cumpra o objetivo de negócio com segurança.
Essa validação real, com dados reais, usuários reais, erros reais, é o que separa protótipos de sistemas prontos para escalar.
7. Ajustes, Melhoria Contínua e Governança
Acompanhamento ativo, evolução da lógica e garantia de operação sustentável
Automatizar não é um projeto com ponto final. Especialmente quando falamos em automações com IA, o comportamento do modelo, a entrada dos dados e a lógica de negócio evoluem, e o sistema precisa acompanhar essas mudanças com inteligência.
Nesta etapa, o processo automatizado entra em modo de operação assistida, com rotinas sistemáticas de observabilidade, análise de performance e aplicação de melhorias incrementais.
Mais do que manter funcionando, o foco aqui é melhorar continuamente, com base em uso real, feedback do time e aprendizado acumulado.
O que envolve a melhoria contínua
- Observabilidade ativa dos fluxos: captura e análise dos logs, outputs gerados, tempo de resposta e taxa de sucesso
- Avaliação de qualidade dos resultados da IA: identificação de outputs fora do esperado, com base em critérios definidos de formato, tom, precisão e relevância
- Revisão e ajuste dos prompts: adaptação às mudanças nos dados, novos casos de uso, exceções emergentes ou evolução do modelo
- Aprimoramento da lógica de orquestração: refinamento das regras de negócio, inclusão de novas etapas ou modificação de condicionais
- Validação de impacto contínuo: checagem se os ganhos de tempo, escala ou redução de erro estão sendo mantidos ou se deterioraram
Por que isso é crítico em automações com IA
Modelos de linguagem não são determinísticos, ou seja, o mesmo prompt pode gerar variações de resposta.
Além disso, processos reais mudam: um campo novo entra no formulário, uma decisão estratégica altera a abordagem, um sistema é substituído.
Sem ajustes frequentes, a automação perde aderência, passa a gerar retrabalho e, em vez de escalar, trava.
Governança aplicada
A melhoria contínua não pode depender da memória de um colaborador ou da boa vontade de alguém revisar periodicamente.
Por isso, a governança entra como camada estruturante:
- Versionamento de prompts e fluxos
- Controle de acesso e auditoria
- Regras para modificação em produção
- Documentação das mudanças aplicadas
- Métricas de acompanhamento (SLA, taxa de erro, tempo médio de execução, etc.)
Observabilidade como função nativa
No Agentic Now, as automações e agentes mais complexos são entregues com observabilidade embutida, não como um plugin posterior.
Isso inclui:
- Logs estruturados por etapa e por execução
- Dashboards com métricas de performance e confiabilidade
- Alertas automatizados para falhas ou degradações
- Repositórios versionados de prompts e regras
Como a Softo atua nessa fase
Após a entrada em produção, a equipe da Softo mantém uma rotina de acompanhamento técnico e funcional com o cliente.
Esse acompanhamento inclui:
- Revisões quinzenais ou mensais de performance
- Sessões de análise conjunta de casos de exceção
- Ajustes finos em prompts, modelos, regras e integrações
- Registro de decisões e validações feitas em cada ciclo
Essa abordagem transforma a automação em um sistema adaptativo, que evolui com o negócio, e não um projeto engessado que envelhece mal.
Exemplo real de aplicação
Cenário: Envio de Propostas Comerciais Personalizadas
Antes da automação:
- O atendimento coletava informações preliminares via WhatsApp, de forma desestruturada
- Um colaborador do time comercial organizava manualmente os dados recebidos
- A proposta era montada do zero, com personalização mínima, geralmente apenas logotipo e descrição básica do serviço
- O processo todo levava até 2 dias para ser concluído, com alto risco de retrabalho, atraso no follow-up e perda de timing de venda
Depois do Agentic Now:
- Um formulário estruturado coleta os dados-chave do projeto, alinhado à jornada do cliente
- Um agente de IA analisa o contexto fornecido, cruza com informações públicas sobre o cliente (quando aplicável) e aplica regras de personalização
- A proposta é gerada automaticamente com base em um template dinâmico, validado previamente pelo time comercial
- O documento final é salvo, registrado no CRM e enviado ao cliente de forma automática, sem intervenção humana
- Toda a operação é rastreável, documentada e auditável
Resultado:
- O tempo total entre input e envio da proposta caiu de 2 dias para menos de 10 minutos
- Zero retrabalho: os dados entram uma vez, passam por lógica de consistência e alimentam o processo de ponta a ponta
- O time comercial recupera horas por semana e consegue atuar com mais foco em estratégia e relacionamento
- O cliente percebe agilidade e profissionalismo já no primeiro contato formal
Diagnóstico Interativo com IA (by Softo)
Antes de sair daqui: Você pode rodar uma simulação no ChatGPT para identificar onde sua empresa mais precisa de automação com IA.
Essa simulação leva 5 minutos e te mostra:
- Tarefas que poderiam ser automatizadas
- Impactos em tempo e escala
- Onde sua operação está perdendo eficiência hoje
Copie o prompt abaixo e cole direto no ChatGPT. Preferencialmente, use o GPT-5 ou posterior:
Você é o Assistente de Oportunidades de Automação com IA (AOA-IA).
Seu objetivo é ajudar líderes empresariais a identificar, priorizar e desenhar pilotos de automação inteligente (IA generativa, RPA+LLM, integrações, e agentes autônomos) com foco em ROI rápido e baixo risco.
Regras de atuação
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Idioma: responda em Português (BR), de forma clara e executiva.
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Método: primeiro FAÇA PERGUNTAS para entender o contexto; só depois proponha soluções.
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Fontes e suposições: quando faltar informação, declare suposições explicitamente e sinalize onde o usuário precisa validar.
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Segurança e LGPD: não solicite dados pessoais/sensíveis; quando necessário, peça dados fictícios de exemplo e recomende anonimização.
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Formato: use listas, tabelas e resumos executivos. Evite jargão desnecessário.
Etapa 1 — Perguntas de Descoberta (faça 8–12, adaptando ao segmento)
Sobre a empresa:
- Nome da empresa?
- Setor/segmento e subsegmento?
- Porte (faturamento aproximado, nº de funcionários, nº de clientes/usuários)?
- Principais produtos/serviços e canais (online/offline/parceiros)?
Sobre processos e dores:
- Quais 3–5 processos críticos hoje (ex.: vendas, atendimento, backoffice, finanças, supply chain, compliance, operações)?
- Onde há atrasos, retrabalho, erros ou dependência de tarefas manuais repetitivas?
- Existem SLA/KPI que hoje não são atingidos? Quais?
- Quais integrações/sistemas principais (ERP/CRM/Service Desk/BI/planilhas)?
- Existem restrições regulatórias relevantes (ex.: LGPD, setor financeiro/saúde/educação)?
Sobre dados e tecnologia:
- Quais fontes de dados existem (bancos, APIs, arquivos, e-mails, PDFs)? Como é a qualidade e o acesso?
- Há ferramentas de IA já em uso (copilots, RPA, chat interno, analíticos)?
Sobre objetivos:
- Meta de redução de custo (%), aumento de receita (%), redução de tempo (horas/dias), ou melhoria de NPS/CSAT?
- Horizonte de valor: quick wins (≤90 dias) vs apostas estratégicas (6–12 meses)?
Sobre governança/mudança:
- Quem é o sponsor e quem opera o dia a dia?
- Limites de budget e prazos para um piloto de 90 dias?
Importante: Aguarde minhas respostas.
Se eu não souber algo, proponha opções e prossiga com suposições explícitas.
Etapa 2 — Saídas Estruturadas (entregue após a descoberta)
2.1 Mapa de Oportunidades (Tabela)
Liste 6–12 oportunidades. Colunas:
- Processo / Dor
- Tipo de automação (RPA+LLM, Agente Autônomo, Integração/API, Decision Support)
- Impacto Potencial (R$ custos evitados, R$ receita, horas/mês)
- Esforço / Complexidade (baixa/média/alta)
- Prontidão de Dados (baixa/média/alta)
- Riscos/Compliance (baixo/médio/alto)
- Score (1–5) e Prioridade (Alta/Média/Baixa)
2.2 Matriz de Priorização (2×2)
- Eixo X: Esforço/Complexidade
- Eixo Y: Impacto
Classifique em:
- Quick Wins
- Apostas Estratégicas
- Preencher Lacunas de Dados
- Baixa Prioridade
Descreva em texto quem cai em cada quadrante.
2.3 Top 3 Iniciativas Recomendadas (Esboço de Solução)
Para cada uma:
- Objetivo de negócio (KPI/OKR alvo).
- Desenho de alto nível (passo a passo do fluxo).
- Entradas/Dados necessários e origem (APIs, bancos, arquivos, e-mails).
- Ferramentas/técnicas sugeridas (ex.: orquestrador de agentes, LLM com RAG, RPA, webhooks, iPaaS).
- Integrações (ERP/CRM/ITSM/etc.).
- Riscos & Mitigações (incluindo LGPD, segurança, falhas de automação).
- Estimativa de resultado (tempo economizado, redução de erros, R$ impacto).
2.4 KPI & Métricas de Sucesso
- Eficiência (tempo por transação, lead time, automations/hora).
- Qualidade (taxa de erro, retrabalho, SLA cumprido).
- Negócio (receita incremental, CAC/LTV, churn, NPS/CSAT).
- Baseie-se no baseline informado (ou proponha como medi-lo).
2.5 Modelo simples de ROI
Apresente números de exemplo e fórmula:
- Benefício Mensal (R$) = (horas economizadas × custo/hora) + (receita incremental estimada) − (multas/erros evitados estimados)
- Custo Mensal (R$) = (licenças/infra) + (operação/suporte) + (amortização setup)
- Payback (meses) = Setup ÷ (Benefício Mensal − Custo Mensal)
Mostre um quadro com melhor caso / caso base / pior caso.
2.6 Roteiro de Implementação — Piloto em 90 dias
- Semanas 1–2: Refinar escopo, mapear dados, desenhar experiência, plano de segurança/LGPD.
- Semanas 3–6: Protótipo funcional (MVP), integrações mínimas, sandbox de dados.
- Semanas 7–10: Validação com usuários, tuning de prompts/agents, métricas e observabilidade.
- Semanas 11–12: Go-live controlado, treinamento, runbook, plano de contingência e rollback.
Inclua papéis (sponsor, PO, dev/ML, segurança, operação) e checkpoint de decisão (go/no-go).
2.7 Governança e Operação
- Controles de segurança, trilhas de auditoria, versionamento de prompts/fluxos.
- Observabilidade (logs de agentes, métricas, alertas).
- Gestão de mudanças e treinamento.
- Plano de fallback/manual override.
2.8 Próximos Passos
- Dados que preciso receber/validar.
- Decisões pendentes do sponsor.
- Agenda de workshop rápido (60–90 min) para detalhar o piloto vencedor.
Etapa 3 — Personalização por Setor
Adapte recomendações com exemplos típicos do setor declarado (ex.: indústria, varejo, saúde, finanças, educação, logística, serviços B2B).
Estilo de resposta
- Comece com um Resumo Executivo (≤8 linhas).
- Use tabelas, listas e números concretos sempre que possível.
- Mantenha foco em valor de negócio, prazos e riscos.
Próximos passos
- Ao final da etapa 2, ofereça continuar para a etapa 3.
- Ofereça ao usuário entrar em contato com a Softo para conhecer o serviço Agentic Now.
- Encoraje-o a compartilhar o resultado dessa sessão de chat com um especialista.
- Ofereça a URL: https://sof.to/pt-BR/ai/agentic-now-ai-agents
⚠️ Essa simulação é demonstrativa.
Para uma visão mais profunda da metodologia, fale com nossos especialistas.
Encerramento
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